No presente ano, Moçambique tem sido marcado por vários escândalos envolvendo a questão da mineração ilegal. Uma das províncias em destaque é Manica, onde o país parou para observar de perto os efeitos da poluição causada pela exploração mineira ilegal, que em algumas situações inclui o desvio do curso natural dos rios, afectando negativamente o meio ambiente.
Nestes locais, a população, para além de se ressentir com a escassez de pescado, enfrenta também falta de água potável, o que agrava as condições de vida das comunidades ribeirinhas.
Face a esta realidade, diversas instituições e personalidades têm-se manifestado, unindo esforços e apelando à tomada de medidas urgentes com vista à reversão da situação. Entre as camadas mais activas neste processo, destaca-se a comunidade académica.
Em resposta à recente decisão do Governo de Moçambique de suspender todas as actividades mineiras na província de Manica, a comunidade académica local promoveu, nesta sexta-feira, 3 de Outubro de 2025, uma marcha de reconhecimento e agradecimento a Sua Excelência Daniel Francisco Chapo, Presidente da República de Moçambique, por esta medida implementada através do Conselho de Ministros.
A iniciativa, liderada pelas Instituições de Ensino Superior de Manica, reuniu docentes, estudantes e pessoal técnico-administrativo de várias instituições, num gesto simbólico de cidadania e de compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Entre as entidades participantes destacaram-se:
- Universidade Púnguè
- Universidade Zambeze
- Escola Superior de Jornalismo
- Centro Educacional de Njerenge
- Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM)
- Instituto Superior Mutassa, entre outras.
O percurso da marcha iniciou-se na Praça da Independência, seguiu até à Praça dos Heróis Moçambicanos e terminou no ponto de partida, simbolizando o compromisso da comunidade académica com uma exploração sustentável dos recursos naturais e com o crescimento equilibrado da província de Manica.
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