Manica: mineradoras pedem retoma da extracção de ouro

Representantes de várias empresas mineradoras da província de Manica pediram ao Governo que reavalie a suspensão da extracção de ouro, decretada ao abrigo do Decreto 32/2025, de 30 de Setembro, que paralisou todas as actividades mineiras na região.

Os gestores reconhecem que a decisão visou proteger o meio ambiente e a saúde pública, mas alertam para os impactos sociais e económicos da medida, nomeadamente o desemprego de milhares de trabalhadores e a dificuldade das empresas em manter o pagamento dos salários.

“Concordamos com a suspensão, pois há rios poluídos e terras degradadas, mas é importante distinguir as empresas que cumprem as normas ambientais. Estas poderiam retomar as suas actividades sob supervisão”, afirmou um representante das mineradoras.

O pedido foi apresentado durante um encontro em Manica, orientado pelo secretário de Estado provincial, Lourenço Lindonde, que chefiou uma equipa multissectorial para avaliar o cumprimento da decisão governamental.

Lindonde explicou que a província não tem competência para levantar a suspensão, uma vez que a medida foi aprovada pelo Conselho de Ministros, mas garantiu que as preocupações das empresas serão encaminhadas aos órgãos centrais.

Segundo o governante, o levantamento da suspensão dependerá dos relatórios técnicos e da verificação do cumprimento das normas ambientais. “A vontade do governo é que as empresas voltem a trabalhar, mas apenas aquelas que respeitam as recomendações e não poluem o ambiente”, sublinhou.

A paralisação da mineração visa reorganizar o sector, depois de o governo ter constatado poluição dos rios Révuè, Muzongo, Nhacuarara, Púnguè e Mussapa, contaminados por mercúrio e cianeto, substâncias químicas altamente tóxicas usadas na extracção de ouro. (AIM fonte)

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