A operação, liderada pela Mozambique Wildlife Alliance e Parque Nacional de Mágoè, reforça a monitorização por GPS e permite respostas rápidas a incidentes, numa região que enfrenta o aumento do conflito homem-fauna.
Perante o crescimento de incidentes envolvendo elefantes e comunidades locais no Parque Nacional de Mágoè (PNM) e na região de Chitima, foi levada a cabo uma operação de colocação de colares com sistema GPS em vários elefantes. A iniciativa é da Mozambique Wildlife Alliance (MWA) e do PNM, com apoio financeiro do Banco Mundial e da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND).
O objectivo principal da operação é melhorar a monitorização dos movimentos dos elefantes, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz das equipas de conservação e dos serviços distritais, quando os animais se aproximam de zonas habitadas ou áreas agrícolas. A tecnologia aplicada possibilita o acompanhamento em tempo real dos deslocamentos dos paquidermes, reduzindo o risco de destruição de machambas, danos à propriedade e potenciais ameaças à vida humana.
A região tem registado, ao longo deste ano, várias situações de conflito homem-fauna bravia, afectando a subsistência das famílias que dependem da agricultura e comprometendo a coexistência harmoniosa entre comunidades e vida selvagem.
De acordo com os intervenientes, esta é uma medida preventiva e estratégica, que se insere nos esforços nacionais de gestão integrada de ecossistemas e protecção de espécies ameaçadas. A operação contribui ainda para a recolha de dados essenciais para estudos ecológicos e para o desenvolvimento de políticas públicas mais assertivas.
A colarização dos elefantes representa um passo significativo na promoção de soluções sustentáveis, permitindo proteger tanto as comunidades como o património natural, num contexto onde o equilíbrio ambiental é fundamental para o desenvolvimento local.
