Stewart Sukuma Conduz Marcha em Maputo Contra Assassinatos e Feminicídios: Um Grito por Justiça
Repúdio Público à Violência Contra as Mulheres
Na manhã desta quarta-feira, o cantor e ativista moçambicano Stewart Sukuma liderou uma marcha em Maputo para denunciar os alarmantes casos de assassinatos e feminicídios no país. Apesar da relevância do tema, a participação foi reduzida, evidenciando o desafio ainda presente de mobilizar a sociedade para enfrentar este problema grave e urgente. O ato simboliza um chamado à reflexão e à ação coletiva, mostrando que a luta contra a violência de gênero exige o envolvimento de todos.
O Silêncio é o Maior Aliado da Violência
Em seu discurso, Sukuma alertou para o crescimento da violência contra as mulheres, num contexto em que políticas de proteção permanecem frágeis e a segurança pública ainda não consegue oferecer respostas adequadas. Ele destacou que este não é um problema exclusivo de Moçambique, mas um fenômeno global, cujas dimensões só se tornam evidentes quando atingem diretamente famílias e lares.
O artista ressaltou que o silêncio continua sendo um dos maiores aliados da violência, lamentando que até familiares das vítimas, muitas vezes por medo, dor ou descrença, não tenham participado da marcha. “Não podemos esperar milagres. Se não reagirmos, nada mudará”, afirmou Sukuma, reforçando que é necessário ocupar as ruas, dialogar com as autoridades e exigir ações concretas.

Diálogo e Cooperação: Caminhos Possíveis
O evento contou também com a presença de representantes da polícia em um workshop integrado à marcha. Para Sukuma, isso demonstra que é possível construir pontes entre sociedade civil e autoridades, buscando soluções conjuntas para combater a violência. No entanto, ele reforçou que avanços reais dependem de um compromisso contínuo e verdadeiro de toda a sociedade.
Uma Luta que Precisa de Todos
Sukuma destacou a importância das mulheres que participaram da marcha e a coragem dos dez homens que se juntaram à causa, enfatizando que esta luta não pode ser responsabilidade de poucos, mas de todos os cidadãos, instituições e vozes que se levantam contra a violência de gênero.
Em sua página oficial no Facebook, o ativista reafirmou:
“A marcha de repúdio aos assassinatos e feminicídios aconteceu. Poucos compareceram para um problema tão grave e tão urgente… Não podemos esperar milagres. Se não reagirmos, nada mudará. Esta luta não pode ser apenas de alguns. Precisa de todos nós… Um agradecimento especial às Mulheres em Movimento, à Valquíria e aos 10 homens que se juntaram a esta causa.”
A Arte como Ferramenta de Conscientização
O gesto de Stewart Sukuma demonstra que a arte pode ser aliada da mobilização social. A marcha em Maputo não foi apenas simbólica, mas um chamado à ação contínua, mostrando que a sociedade deve se engajar de forma ativa para proteger as mulheres e promover um país mais justo e seguro.
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